Em uma rede OSPF, cada roteador utiliza o algoritmo SPF para encontrar o menor trajeto, ou seja, a melhor rota. O custo é a métrica utilizada pelo protocolo OSPF para encontrar o melhor caminho.
O cálculo do custo está associado a cada interface de saída incluída em uma árvore SPF. Já o custo total é a soma de todas as interfaces de saída, conforme o caminho evolui.
Cada interface do roteador tem um custo padrão. O algoritmo STF escolhe qual caminho tem o menor custo total, ou seja, a soma dos custos de todas as interfaces no trajeto até o destino final do pacote.
Quanto menor o custo entre o roteador e uma sub-rede, maior será sua prioridade em questões de uso na tabela de roteamento IP.
A tabela apresenta os valores padrões dos custos:
Observe na tabela que para cada tipo de interface, temos um custo padrão.
Muitos fabricantes permitem que esses custos sejam alterados, mas os livros indicam que é altamente desaconselhável. Na prática, isso dependerá muito do cenário.
Quando tiver que alterar o custo, não cometa o erro de seguir os livros!
Em redes sem fio, por exemplo, muitas vezes o custo é alterado, pois o protocolo não tem conhecimento sobre o estado da camada de enlace. O OSPF faz parte da camada de rede e não consegue verificar sinal e interferência de um rádio, por exemplo.
Em alguns casos, em que o enlace de rádio, escolhido pelo o OPSF como melhor caminho, não esteja funcionando corretamente, seja por conta de uma interferência, obstrução de visada, sinal, entre outros problemas, é necessário forçar o tráfego pelo enlace de redundância. O tráfego pode ser forçado através da alteração manual do custo da interface de saída do roteador em que o rádio está conectado.
Para você entender melhor, criei uma topologia de uma rede sem fio. Observe na figura abaixo, que o roteador tem duas abordagens, ou seja, dois enlaces de rádio frequência. O rádio é conectado diretamente a uma interface do roteador.
No caso de um imprevisto no link principal (Rádio A), por conta de uma obstrução de visada, desalinhamento ou aumento da interferência, o protocolo não mudará o custo. Com isso, o profissional de rede é obrigado a alterar manualmente o custo da interface 2 do roteador para que todo o tráfego passe pelo o link secundário (Rádio B).
Outro problema, que pode acontecer, é dois rádios estarem conectados a interfaces do mesmo tipo, como por exemplo, duas interfaces Gigabit Ethernet que são atribuídas ao mesmo custo. Nesse caso, poderá ocorrer um balanceamento de carga e você talvez tenha que alterar o custo para que todo tráfego saia somente através da abordagem principal.
Existem diversos casos em redes sem fio que é necessário a mudança do custo do OSPF. Em rede sem fio vamos encontrar casos que não temos outra opção. Fique atendo quando acontecer isso na rede e altere o custo com atenção.