Quem trabalha com administração de redes, deve entender os protocolos de roteamento dinâmico para aplicá-los da melhor forma. Bom, você deve saber que implementar o roteamento dinâmico é extremamente necessário de acordo com crescimento da rede. Garantir a escalabilidade da rede é fundamental. As rotas estáticas em redes de grande porte aumentam o esforço administrativo e, consequentemente, podem trazer erros e problemas no funcionamento.
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Para evitar isso, você deve saber quais protocolos de roteamento dinâmico devem ser usados. Primeiramente você deve saber que os protocolos de roteamento dinâmicos são utilizados para que os roteadores troquem informações de roteamento sempre que exista alguma alteração da topologia. São considerados dinâmicos porque através deles os roteadores aprendem novas redes automaticamente e localizam novos caminhos quando houver falha de link para uma rede. Desta forma, esses protocolos utilizados pelos roteadores para trocar informações determinam o melhor caminho para cada rede adicionada a tabela de roteamento.
Geralmente, os protocolos de redes dinâmicos são utilizados em redes maiores que possuem uma ou mais rotas para atingirem o mesmo ponto. Diferente das rotas estáticas que precisam ser configuradas manualmente e normalmente são utilizadas em redes menores.
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Quer saber as vantagens de implementar um roteamento dinâmico? São muitas: é bem mais simples configurar ao adicionar ou excluir redes; os protocolos mudam automaticamente as novas topologias em suas tabelas de roteamento; a configuração mostra menos erros e o desenvolvimento da rede se faz de forma menos problemática.
Vamos lá! Os protocolos de roteamento de dividem em classes, são elas:
Distance Vector – também conhecidos como algoritmo Bellman-Ford, enviam toda a sua tabela de roteamento apenas para os vizinhos. Utilizam a distância para a definição do melhor caminho, além de escolher a melhor rota. Baseiam-se na contagem dos saltos e geram loops com maior frequência que os algoritmos link satate. Nele, as rotas são anunciadas como vetores de distância e direção. Vale destacar que a distância é definida pela contagem de saltos enquanto a direção pelo roteador do próximo salto ou pela próxima interface de saída, não apresentando um mapa real da topologia da rede.
Link State – também conhecido como “caminho mais curto”, enviam as informações de roteamento para todos os nodos, ou seja, usam flooding e enviam apenas as atualizações de sua tabela que sofreram alguma alteração. Conhecem a rede mais profundamente e de uma forma mais geral, o que permite uma melhor ação que o Distance Vector. Necessitam de mecanismos mais sofisticados e eficientes a fim de controlar o tráfego que geram, são computacionalmente mais intensos – requerendo assim computadores mais potentes e com mais memória; sua implementação e manutenção tendem a ser mais caras. Uma visão rápida de sua ação pode ser dada da seguinte forma:
1 – Descobrir os vizinhos e aprender sobre seus endereços de rede;
2 – medir o atraso e o custo para cada um dos vizinhos;
3 – construir um pacote com tudo que aprendeu;
4 – enviar o pacote a todos os outros roteadores;
5 – medir o menor caminho para cada roteador.
Desta forma, existem dois tipos principais de protocolos de roteamento dinâmicos: o RIP (Routin Information Protocol) e o OSPF (Open Shortest Path First).
RIP – Routing Information Protocol
Desenvolvido pela Xerox Corporation no início dos anos 80, este tipo de protocolo era utilizado nas redes Xerox Network Systems (XNS). O tempo passou e o RIP se tornou o protocolo intradomínio mais comum, suportado por todos os fabricantes de roteadores e disponível na maioria das versões mais atuais do sistema operacional UNIX.
O RIP foi padronizado por Charles Hadrick quando escreveu a RFC 1058 em 1988. O protocolo existente foi documentado e especificadas também algumas melhorias. Desde então, suas melhorias e evolução são conhecidas como RIPv2, em 1994, e o RIPng, em 1997.
Com o passar dos anos, o RIP evoluiu de um protocolo de roteamento classful RIPv1 para um protocolo de roteamento classless RIP v2. O primeiro ponto positivo deste protocolo e que faz toda a diferença é que ele é bem fácil de ser configurado e pode ser usado para comunicação entre roteadores. Ou seja, é a opção ideal para pequenas redes. E tem mais: seu algoritmo não precisa de uma capacidade de memória superior em roteadores e computadores. Pode funcionar bem em pequenos ambientes, mas apresenta limitações quando utilizado em redes muito robustas. Para ter uma ideia, o RIP limita o número de saltos entre hosts a 15. Porém, a principal deficiência deste protocolo é a sua lenta convergência. Isso quer dizer que leva muito tempo para que as alterações na rede sejam conhecidas por todos os roteadores, o que causa loops de roteamento. Outro ponto que deve ser levado em consideração é que este protocolo consome bastante a largura de banda larga, pois a cada 30 segundos ele faz um broadcast de sua tabela de roteamento com informações sobre as redes e subredes que alcança.
Por fim, o RIP determina o melhor caminho entre dois pontos, levando em conta somente o número de saltos (hops) entre eles. Esta técnica ignora outros fatores que fazem diferença nas linhas entre os dois pontos, como: velocidade, utilização das mesmas (tráfego) e toda as outras métricas que podem ser cruciais na hora de se determinar o melhor caminho entre dois pontos.
OSPF – Open Shortest Pafh First
O desenvolvimento do OSPF começou em 1987 pelo grupo de trabalho do OSPF da Internet Engineering Task Force (IETF). O OSPF v1 foi um protocolo experimental e não implantado, apesar de sua especificação ter sido publicada na RFC 1131, no ano de 1989. Porém, um pouco mais tarde, em 1998, a especificação do OSPFv2 foi publicada e atualizada na RFC 2328, que é a RFC atual para o OSPF. E, algum tempo depois, o protocolo OSPFv3 foi desenvolvido como uma versão atualizada do OSPF para o protocolo IPv6, utilizado no Mikrotik RouterOS.
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Vale destacar que o OSPF é um protocolo de roteamento link state que foi desenvolvido para substituir o protocolo de roteamento de vetor de distância RIP, usando o conceito de áreas para escalabilidade. As principais vantagens é que o OSPF possui rápida convergência e escalabilidade para a implementação de rede muito maiores que o RIP.
O OSPF possui alguns recursos diferenciais que podem ser divididos em três categorias: vizinhos, trocas de dados e cálculos de rotas. Ou seja, os roteadores formam uma relação de vizinhos que se torna a base para toda a comunicação do OSPF e, após criado o elo de vizinhança, eles trocam o conteúdo de seus respectivos LSDBs e, desta forma, conhecendo a topologia de seu LSDB, utiliza-se do algoritmo para calcular melhores rotas e agregá-las à tabela de roteamento IP.
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RIP versus OSPF
Ao compararmos o protocolo RIP com o OSPF, veja as principais diferenças:
- O RIP é um protocolo de roteamento vetorial distance enquanto o OSPF é link state;
Somente o RIPv2 suporta VLSM, o OSPF suporta em todas a versões;
O RIP não possui manual de sumarização, enquanto o OSPF possui;
O RIP não suporta redes descontínuas, o OSPF suporta;
A propagação do RIP é broadcast, a do OSPF é multicast;
O RIP utiliza saltos, o OSPF o custo;
A convergência do RIP é lenta enquanto que a do OSPF é rápida;
O RIP não suporta autenticação nem hierarquização, o OSPF suporta ambas.
Como já foi dito aqui, é natural que muitos sigam a linha de raciocínio que o OSPF é a evolução do RIP; porém, notamos significativas diferenças, certo? Sendo que uma das mais importantes, e que deve ser relatada, é em relação à aplicabilidade: o RIP é utilizado em pequenas redes, enquanto o OSPF suporta ser utilizado em grandes redes. Desta maneira, você deve partir deste princípio para escolher a que vai utilizar.
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