O uso de redes sem fio está cada vezes mais presente. O termo wireless, ao ser traduzido livremente, significa “sem fio”. As redes wireless permitem a conexão para a transmissão de informações sem a utilização de fios ou cabos. Diferente das redes Ethernet LAN, onde comunicação é feita por meio da geração de sinais elétricos em um cabo metálico, as redes Wireless LAN (WLAN), utiliza ondas de rádio. Vermos algumas características básicas e importantes a seguir.
1. Frequências e transmissões
Alguns tipos de transmissão, via ondas de rádio, necessitam da utilização de uma licença específica, que varia de acordo com a frequência a ser utilizada. Isso ocorre para que se tenha um controle sobre as interferências nos serviços públicos como rádios, TV, comunicação entre aeronaves e quaisquer outros serviços vitais. Para tornar a vida dos usuários menos complicada, existem órgãos reguladores como, por exemplo, a ANATEL, que determinam faixas ou bandas de frequência específicas que não precisam de licença para ser utilizadas.
Uma banda de frequências é uma faixa de frequências consecutivas. Os serviços públicos, no geral, utilizam faixas de frequência diferenciadas. Quanto maior uma faixa de frequência, maior a velocidade de transmissão de dados que podem ser enviados em um determinado tempo, portanto, maior a quantidade de informações que podem ser enviadas nessa banda.
Por exemplo, sinal de TV deve ser maior que o sinal de rádio, pois ele possui imagem e som, enquanto o sinal de rádio possui apenas som. Portanto, a largura da banda que transmite sinais de TV deve ser maior que a que transmite sinais de rádio. E, de fato, é assim: a largura da banda de rádio é de 2 MHz, já a de TV é de 4.5 MHz.
2. Interferência
Ao utilizar uma rede WLAN, se dois ou mais dispositivos enviarem ondas de rádio em um mesmo espaço e frequência, ocorre um problema chamado de interferência, ou seja, as ondas se superpõem naquele ponto.
Além da interferência, outros fatores podem modificar seu sinal, pois as ondas de rádio viajam pelo espaço e precisam atravessar obstáculos como paredes, pisos e objetos. Passar através desses materiais faz com que o sinal perca sua potência, o que diminui o tamanho de sua área de cobertura.
3. Padrão IEEE
O padrão IEEE define o padrão das redes. A família IEEE 802.3 atua sobre as LANs Ethernet, já a família 802.11 diz respeito às WLANs. Atualmente, existem alguns padrões ratificados pelo IEEE para redes WLAN, os principais são: 802.11, 802.11b, 802.11a, 802.11g, 802.11n e 802.11ac.
Em 1997, o IEEE introduziu os padrões WLAN. O padrão original 802.11, que foi substituído por padrões mais avançados, não tinha, na época, uma 17 letra de sufixo. Com o desenvolvimento de novos padrões, foi sendo adicionado um novo sufixo à nomeação.
4. Ligação ponto a ponto ou multiponto
Existem dois tipos mais comuns de ligações entre redes: ponto a ponto e multiponto. Na ligação ponto a ponto, não existe compartilhamento físico do canal de comunicação, ou seja, a conexão é dedicada feita somente entre dois dispositivos. Geralmente utilizada em redes distribuídas, a conexão ponto a ponto é muito comum em rede locais atuais.
Já na ligação multiponto, o canal de comunicação é compartilhado por todos os dispositivos interligados. Por conta disso, deve existir algum mecanismo chamado de protocolo de controle de acesso ao meio para regular os dispositivos, evitando que dois ou mais transmitam ao mesmo tempo. Utilizadas especialmente em redes sem fio, as conexões multiponto normalmente também são utilizadas em redes locais e metropolitanas.
5. Segurança da WLAN
Com o advento das redes WLAN, surgem novas ameaças à segurança. As mais frequentes são causadas por usuários que querem ter acesso livre à internet e procuram por redes vulneráveis. Além disso, torna facilitada a quebra de segurança por parte de hackers mal intencionados que visam à busca de informações, invadindo a privacidade do usuário comum.
Com as exigências cada vez maiores na segurança de redes WLAN, houve uma evolução nos padrões de segurança, tornando possível definir políticas cada vez mais rígidas. Um exemplo é o padrão Wired Equivalent Privacy (WEP), lançado no ano de 1997, que hoje está obsoleto e possui uma série de problemas. Existem outros dois padrões que são o WiFi Protected Access (WPA), lançado em 2003 pela Wi-Fi Alliance, e a sua versão mais nova o WPA2, ratificado em meados de 2005 pela IEEE.
O WPA2 inclui a troca dinâmica de chaves, uma criptografia muito mais forte, autenticação do usuário e, o mais importante, o Padrão de Criptografia Avançada (Advanced Encryption Standard, ou AES). Com chaves mais longas e algoritmos muito mais seguros, o AES fornece criptografia muito mais avançada que os padrões anteriores.
Referência
Póvoa, Thiago Cavalcanti. Utilização do Protocolo OSPF em uma Rede de Enlaces de Rádio / Thiago Cavalcanti Póvoa; Patrick Chaves Dielenseger; Leonardo Matheus Lima. — 2015. 50 f. ; 30 cm. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Gestão da Tecnologia da Informação) — Instituto Infnet, Rio de Janeiro, 2015. Bibliografia: f. 49. Orientador: Luiz Paulo Maia
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